Por: Luís de Camões
"Ah! minha Dinamene! Assim deixasteAh! minha Dinamene! Assim deixasteQuem não deixara nunca de querer-te!Ah! Ninfa minha, já não posso ver-te,Tão asinha esta vida desprezaste!Como já pera sempre te apartasteDe quem tão longe estava de perder-te?Puderam estas ondas defender-teQue não visses quem tanto magoaste?Nem falar-te somente a dura MorteMe deixou, que tão cedo o negro mantoEm teus olhos deitado consentiste!Oh mar! oh céu! oh minha escura sorte!Que pena sentirei que valha tanto,Que inda tenha por pouco viver triste?"

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